O Garoto

Era uma vez um Garoto. Ele não era como os outros, e nem recebia o mesmo tratamento. Ele sempre pensou de forma diferente dos outros. Quando o Garoto começou a estudar se via sempre sozinho e sem amigos. Todos menosprezavam o Garoto. E nada mudou conforme se passavam os anos. O Garoto nunca entendeu o que tinha de errado com ele por que ele sofria tanto nas mãos dos outros, moral e fisicamente, ele consegui alguns amigos, com problemas semelhantes. Um dia, esse Garoto estava na escola , e ele nunca soube o motivo mas, amarraram ele em um corrimão da escola e começaram a bater. E o garoto(que agora escrito em letras minusculas, pois era assim que ele se sentia, minusculo) - chorou, suplicou, mas ninguém o ajudou. Quando estudava na 7ª serie houve mudanças. Ele trocou de turno e finalmente fez amigos, mas nunca se sentiu bem. Só os olhos dele mostravam sua alma, as pessoas ao o verem sorrir, chorariam com ele.

Então o Garoto começo a fazer coisas erradas. Ele virou espelho do que sofria, só que pior. Desilusões amorosas ajudaram a piorar tudo. Como seria avida do Garoto? Como teria sido se ao invés de alguns anos, ao invés de terem o rejeitado, apertassem sua mão? Talvez ele nunca tivesse usado drogas, talvez não tinha sido tão nervoso em casa a ponto de sua mãe adoecer com isso, talvez ela não morresse nos braços do Garoto.

E talvez hoje, isso não estaria sendo escrito. Pois o Garoto cresceu e viu que a intolerância pode destruir alguém.

E hoje ele sabe que algumas pessoas só conseguem subir e sair do poço, depois que suas vidas são destruídas.
Se não fosse a intolerância o Garoto não saberia tudo o que sabe e não conheceria o inferno ( o seu inferno) tanto quanto conhece seu céu ( só seu). E hoje talvez o garoto não estivesse tão feliz. Pois só se é feliz uma vez na vida, e é preciso ter sofrido muito para depois ser feliz.
No fundo a intolerância sobre ele, o ajudou.
Como sei tudo isso?... Eu sou o Garoto.

Texto de autoria de um grande amigo meu: Matheus Cardoso Fernandes.